sexta-feira, março 30, 2007

Uma questão de fé

Como quase tudo o que exige respostas racionais entre nós, a questão da OTA é tratada como problema de fé. Há crentes de um e de outro lado. Sou um leigo, entendo pouquíssimo dessas questões técnicas que deviam estar presentes no debate.
Compreendo as questões de fé ligadas à OTA, porque são idiotas; mas a contabilidade real de vantagens e desvantagens ainda não a vi. Murmura-se sobre estudos. Fui vê-los. Parece-me que aceitam a hipótese da OTA; mas há dúvidas noutros, há dúvidas. Haverá sempre dúvidas em questões de fé.

quinta-feira, março 29, 2007

Auto-estima em alta

Este resultado não me espanta, porque eu sou inteligente.


Fernando Dacosta comentando o resultado do concurso da RTP "Os grandes Portugueses".

Novas formas de opressão

Tão violento é prender uma pessoa pelo seu pensamento e ideologia como despedir uma pessoa pela sua idade.

Fernando Dacosta em programa RTP "Os grande Portugueses".

quarta-feira, março 28, 2007

Claramente um problema de sanidade mental

De nada valem aplausos nem amuos: é apenas um passatempo, disse Maria Elisa, e não há razões para duvidar dela.
Há razões, isso sim, para duvidar da nossa sanidade mental nestes tempos que, afinal, não passaram assim tanto quanto isso.
Comparemos: há 50 anos assinou-se o Tratado de Roma, lançando os fundamentos da Europa moderna; no rincão lusitano, no mesmo dia, Salazar ditava, em alternativa, a adesão de Portugal à EFTA; anteontem, em Berlim, a Europa dos 27 comemorou o cinquentenário do tal tratado; no rincão lusitano, no tal passatempo que não passa, Salazar ganhou por confortável maioria.

Nuno Pacheco in publico.pt

domingo, março 25, 2007

…ninguém se importaria de partir assim…


E depois… um dia…
As pessoas já não sabiam se era alguém que morria, ou alguém que nascia...
Mas uma coisa era certa… ninguém se importaria de partir assim…


Extraído da curta-metragem História trágica Com Final Feliz


Um coração que bate mais rápido


Era uma vez uma menina cujo coração batia mais rápido que o das outras pessoas.
Extraído da curta-metragem História trágica Com Final Feliz

sábado, março 24, 2007

?



"E donde veio o dinheiro?"

Extraído de Il Caimano de Nani Moretti, e um retrato possível do ex-Primeiro Ministro Italiano Berlusconi

You better get used to the idea...


Teddy: [looking around Hamilton's study] All your learning, and you still don't understand.

Sir John Hamilton: Oh, I understand perfectly. God help Ireland if your sort ever take over.
Damien: [trains his gun on Hamilton] Better get used to the idea...
Extraído de The Wind That Shakes the Barley

quinta-feira, março 22, 2007

You are my Lord, you are my master

A meio da noite, no Hotel des Saint-Pères, ele diz-lhe:
-Parto depois de amanhã para Argel. Tens vinte e quatro horas para decidiri se queres vir comigo.
- Não preciso de tanto tempo, eu vou.
- Gostava que fosses a minha castelã, a dama de vitral que me espera no belvedere. Gostava de ter para ti um grande quarto de paredes brancas, um quarto antigo num castelo antigo. Era aí que gostava de te fazer um filho.
E então, ela diz:
- You are my Lord, you are my master.
E ouvem-se os galgos, os cavalos, as trompetas.
- "Sobre um lençol mordido por flores com água" diz ele recitando Herberto Helder, "sobre um lençol mordido por flores de água".

Romance "Rafael" de Manuel Alegre

Sempre que olho para ti sinto uma coisa aqui

"Sempre que olho para ti sinto uma coisa aqui"

Extraído do romance "Rafael" de Manuel Alegre

Menino D'Oiro

O meu menino é d'oiro
É d'oiro fino
Não façam caso
Que é pequenino
Não façam caso
Que é pequenino
O meu menino é d'oiro
D'oiro fagueiro
Hei-de levá-lo
No meu veleiro
Hei-de levá-lo
No meu veleiro
Venham aves do céu
Pousar de mansinho
Por sobre os ombros
Do meu menino
Do meu menino
Do meu menino
Venham comigo venham
Que eu não vou só
Levo o menino
No meu terno
Levo o menino
No meu ternó

Menino D'Oiro de José Afonso

quarta-feira, março 21, 2007

Continuo a ser incapaz de compreender

Se há fenómeno que, por mais tempo que passe, continuo a ser incapaz de compreender, é mesmo o da subserviência dos telejornais ao horário estabelecido pelos partidos.
Como se a informação pudesse ser ordenada de fora para dentro das televisões, por dá cá aquela palha um líder político marca uma conferência de imprensa para as 20.00 - e os três canais abertos obedecem cegamente e transmitem em directo...
Pedro Rolo Duarte in DN

Money, money, money

O dinheiro não dá de facto a felicidade.
Mas dá a liberdade de não pensar nele.

Júlio Machada Vaz em O Amor é

A nossa sociedade está cheia de ruídos tagarelas e de pesados silêncios #2

Tudo se equivale e iguala, porque tudo acontece nessa mágica fábrica de faz de conta que é a televisão.
Aliás parece que só a televisão entusiasma este povo: ainda muito recentemente se apaixonou pelo caso do Sargento Luís – houve em tempos um outro, lembram-se? também era Luís, mas era soldado, e era do PREC – e num ápice reuniu 10.000 assinaturas para o Habeas Corpus, Como há anos se alistou nesse exército anónimo que ocupou ruas e praças por Timor repetindo em uníssono «Somos todos timorenses».
Causas que até foram comparadas justamente por esse medidor (mediador) de senso comum que é a comunicação social.
Como somos mestres em voos acrobáticos, e muito dados a liberdades poéticas, sem custo vamos do caso do Sargento a Timor e de Timor ao 25 de Abril.
Maria Manuela Cruzeiro em Passado/Presente

Raios partam

Como escrevia Pessoa sobre coisas mais sérias, raios partam o CDS-PP e quem lá ande.

Pedro S. Guerreiro in negocios.pt

A nossa sociedade está cheia de ruídos tagarelas e de pesados silêncios #1

As estratégias de branqueamento, ou mesmo de silenciamento, são mais eficazes e difíceis de contrariar quando se mascaram do seu contrário. Isto é, quando iludimos o silêncio com um permanente tagarelar inconsequente e irresponsável.
A nossa sociedade está cheia de ruídos tagarelas e de pesados silêncios.
Este povo tem opinião sobre tudo mas sabe cada vez menos. Entope os programas da rádio ou televisão que a custo zero preenchem horas a fio com a participação espontânea de ouvintes e telespectadores, mobiliza-se para votar democraticamente qual o maior português de sempre, comove-se com os amores de Salazar, com o exílio de Marcelo, com as vítimas da PIDE ou com a coragem de Aristides Sousa Mendes, mas não responde a um inquérito básico sobre quem foi cada um destes e de outros nomes de portugueses que numa gigantesca operação de marketing disputam os outdoors das nossas cidades com os cartazes do referendo do aborto.
Maria Manuela Cruzeiro em Passado/Presente

É uma espécie de monarquia

“Não há golpes de Estado na Sonae”:
Nem Belmiro nem Paulo Azevedo quiseram explicitar quando ficou decidido que o primeiro passaria o testemunho ao segundo como presidente executivo da Sonae SGPS, de acordo com a proposta que irá a assembleia geral do próximo dia 3 de Maio.

in negocios.pt

terça-feira, março 20, 2007

tipo Tom Waits?

Pai é alguém com coração grande e voz grossa.

Eduardo Sá em Dias de Avesso

Resumido, é disso que se trata

Tecnologia de ponta

Um bom pai é um airbag para toda a vida.

Ana Mesquita em O Amor é

Definições laborais da mãe da senhora

Confirma-se que a senhora foi agredida. Pelo menos, segundo os meus interlocutores, as considerações sobre a sua mãezinha foram uma nota constante. Pelos vistos, até o cervejeiro de serviço, não se coibiu de alinhar nas inúmeras definições laborais da mãe da senhora. Deve ser dos ares do Norte. Mas perfeita, perfeita, é a mãe da senhora...
Extraído do Blasfémias

Merece, seguramente

Do ponto de vista de Santa Comba Dão, ao contrário do que também dizem os apoiantes do museu, este projecto não teria qualquer impacte sensível no desenvolvimento do concelho.
Talvez dois ou três postos de trabalho directos e é tudo.
Quanto ao resto, o que é real é que obriga o orçamento municipal, por decisão da câmara (...) a pagar ao sobrinho de Salazar uma renda vitalícia, actualizável, de dois mil euros mensais. Mais de 350 mil euros em dez anos.
Nada mau para uma "doação" de um pincel da barba, uns selos, embalagens de restaurador Olex e mais uns quantos objectos pessoais do ditador.
Rico tacho! Santa Comba Dão merece seguramente melhor!
Extraído da crónica de António Vilarigues in publico.pt

segunda-feira, março 19, 2007

Um mundo de sonhos #2


Tu sonhas-me e eu a ti (3)
Andreia Nunes
Projecto Lisboa

Dois pesos

Deveríamos indignar-nos quando Navarra acontece por cá, com cidadãos estrangeiros.
Tanto quanto nos deveríamos indignar com a existência de muitos portugueses para os quais a única saída é a escravização.
Mas Portugal revolta-se com estas histórias de compatriotas e não se insurge quando se trata da exploração de imigrantes africanos ou de leste.
Joana Amaral Dias in DN

Coração

O que é maior de tudo no seu pai?
O coração.

Fernando Alves em Sinais

De facto, uma vergonha

Reunião do CDS acaba com insultos e ameaças
Num tom violento, uma apoiante da direcção de Ribeiro e Castro denunciou que António Pires de Lima tinha insultado Maria José Nogueira Pinto, a quem coube explicar as conclusões da reunião de Óbidos. Ribeiro e Castro abandonou os trabalhos profundamente agastado sem fazer declarações aos jornalistas.
À semelhança de Ribeiro e Castro, Paulo Portas também não fez declarações aos jornalistas, mas manteve--se no hotel. Os apoiantes de Portas saíram da sala, trazendo o tom dos protestos para os corredores do CN. "É uma vergonha!" disse Manuel Sam-paio Pimentel.

in publico.pt

domingo, março 18, 2007

Close your eyes


Close your eyes




Extraído de ""Fur: An Imaginary Portrait of Diane Arbus"

sábado, março 17, 2007

Secrets



"Tell me your secret."

Extraído de ""Fur: An Imaginary Portrait of Diane Arbus"

sexta-feira, março 16, 2007

Um pouco de...ar...

Extraído de Sabor a Sal

Arrisquemo-nos

Os livros de António Lobo Antunes: um longo poema de imagens do qual nos arriscamos a sair mais verdadeiros.
Jacinto Lucas Pires in DN

Uma voz de vozes

Uma voz de vozes; linhas invisíveis costurando em tempo real milhares de frases, quebras, itálicos, parêntesis que, aos poucos, se revelam gente a sério.
Os livros de António Lobo Antunes: um longo poema de imagens do qual nos arriscamos a sair mais verdadeiros.
Jacinto Lucas Pires in DN

quinta-feira, março 15, 2007

Uma história que dava uma filme..mas deu uma peça de teatro

"Aos 30 anos de idade, em Outubro de 1965, Annie Silva Pais, filha única do director da PIDE, toma uma decisão considerada ultrajante para o pai e para o regime português: abandona o marido, a família, os amigos e o país para se entregar à revolução cubana. Desaparece durante três meses. No Portugal de Salazar teme-se que tenha sido raptada para ser utilizada como arma no contexto da luta anticolonial. Quando reaparece, Annie revela uma ardente paixão por Che Guevara, enamora-se do médico pessoal de Fidel Castro e estabelece uma prolongada relação com o ministro do Interior, José Abrantes, que há-de morrer numa prisão de Havana. Tradutora e intérprete de Fidel, Annie só regressa a Portugal após o 25 de Abril, para ir visitar o pai à prisão de Peniche. Trabalha na 5ª Divisão do MFA durante o Verão Quente de 1975 e morre em Cuba em Julho de 1990, vítima de cancro."

Pois

Que pergunta faria a um dos homens mais ricos do planeta, se pudesse?
Muito provavelmente, esta: o dinheiro traz felicidade?
Resposta de um dos homens mais ricos [Abramovich] do planeta: "Não. Mas traz alguma independência".

in publico.pt

E agora os portugueses têm saudades [de Salazar]! #12

Se calhar afinal foi tudo merecido.

E agora os portugueses têm saudades [de Salazar]! #11

De quê?
De Portugal ser o país da Europa com menos telefones per capita? E menos esgotos? E menos água potavel? E menos electricidade?

Extraído de Esquerda Republicana

E agora os portugueses têm saudades [de Salazar]! #10

De quê?(...)
De os gorilas baterem nos estudantes dentro das universidades?

Extraído de Esquerda Republicana

E agora os portugueses têm saudades [de Salazar]! #9

De quê?(...)
De Portugal ser o país da Europa com menos telefones per capita? E menos esgotos? E menos água potavel? E menos electricidade?

Extraído de Esquerda Republicana

E agora os portugueses têm saudades [de Salazar]! #8

De quê?
(...) De haver 30% de analfabetismo?

Extraído de Esquerda Republicana

quarta-feira, março 14, 2007

Enquanto há força

Foto extraída de There´s only one Alice

Olhos nos olhos #2

Triste são os olhos de quem chora.

Escritor Tiago Torres da Silva em Pessoal e Transmissível in TSF

Olhos nos olhos

Jennifer Connelly em Little Children

Lemas de vida

Falhar, falhar, falhar de novo. Falhar o melhor possível.

Escritor Tiago Torres da Silva em Pessoal e Transmissível in TSF

Trabalho, trabalho, trabalho

O que dá mais valor no seu trabalho?

À transpiração.

Escritor Tiago Torres da Silva em Pessoal e Transmissível in TSF

terça-feira, março 13, 2007

Monstros que geram insónias

É para mim um monstro do séc XX e XXI: Keith Jarrett.

Mário Laginha in TSF

Pode ser comprovado aqui

Os rios são maiores que o mar

Se tivesse que ser identificado por um dos seus versos, Tiago Torres da Silva, qual escolheria?

Os rios são maiores que o mar, porque correm.


Escritor Tiago Torres da Silva em Pessoal e Transmissível in TSF

E agora os portugueses têm saudades [de Salazar]! #7

De quê?
(...) De ainda se morrer com cólera nos anos setenta, como no resto da Europa 100 anos antes?

Extraído de Esquerda Republicana

E agora os portugueses têm saudades [de Salazar]! #6

De quê?
(...) Da censura dos jornais?

Extraído de Esquerda Republicana

segunda-feira, março 12, 2007

É uma situação perfeitamente normal

primeiro julguei que estava a ver mal, depois lembrei-me de que isto é perfeitamente normal: o cardeal patriarca de lisboa, nos seus paramentos, a benzer o monumento dos cinquenta anos da rtp, antes de o presidente da república avançar para o inaugurar.
Extraído de Glória Fácil

Graças divinas

Graças a Deus, sou ateu.

Carlos Magno em Contraditório in Antena 1

José Afonso - in Hamburg

José Afonso
In Hamburg

1 - Vira (Popular/José Afonso)
2 - O Que Faz Falta (José Afonso)
3 - Adeus, Muros de Custóias (José Afonso)
4 - Os Fantoches de Kissinger (José Afonso)
5 - Hino à Liberdade (José Afonso)
6 - Grândola, Vila Morena (José Afonso)
7 - Cantar Alentejano (José Afonso)


LP não editado em Portugal, gravado em 1976 durante um espectáculo realizado em Hamburgo com Francisco Fanhais e José Luis e comercializado em 1982, por iniciativa do grupo Portugal-Solidaritãt. Inclui os temas Os fantoches de Kissinger, Hino à liberdade, Grândola vila morena, Cantar alentejano, Vira, O que faz falta e Adeus muros de Custóias, além de uma pequena biografia do compositor e do texto escrito por Urbano Tavares Rodrigues para Cantares do Andarilho.
Apesar das muito deficientes condições de gravação, é um documento importante que, entre outras coisas, ajuda a compreender a forma como Zeca sempre encarou a sua actividade, dando-lhe acima de tudo um sentido político e social.Vale, também, por alguns excertos quase antológícos, como seja a quadra popular «Ó meu Portugal tão lindo / Ó meu Portugal tão belo / Metade é Jorge de Brito / metade é Jorge de Melo»(Jorge de Brito e Jorge de MeIo eram tidos, juntamente com António Champalimaud, como os donos dos maiores grupos económicos portugueses até ao 25 de Abril.) ou o apar­te em que Zeca pergunta a Fanhais se deve ou não cantar uma determinada estrofe: «Vai a das caralhadas?» (Trata-se de uma quadra popular galega que diz assim: "Viva Lugo, viva Vigo / A Coruña e Pontevedra / Que se vá para o caralho / O cabrão da nossa terra". O cabrão em referência era o ditador fascista Franscisco Franco, natural do Ferrol.) A resposta, deduz-se de seguida, foi com certeza afirmativa...Viriato Teles

Olhos nos olhos


Penelope Cruz em Volver

domingo, março 11, 2007

quinta-feira, março 08, 2007

A resistência à tirania

Eu continuarei a incitar as mulheres a adaptarem se à velha máxima revolucionária “a resistência à tirania é a obediência a Deus”.

Susan Brownell Anthony, impulsionadora dos movimentos de igualdade de direitos da mulher nos EUA.

Hold on *

A esperança e a desesperança das paixões.

Canção de Tom Waits escolhida e comentada por Francisco Louçã em entrevista a Maria Flor Pedroso in Antena 1

E agora os portugueses têm saudades [de Salazar]! #3

De quê? (...)
De ser preciso ter licença para usar isqueiro?

Extraído de Esquerda Republicana

E agora os portugueses têm saudades [de Salazar]! #2

De quê? (...)
De as mulheres precisarem de uma autorização escrita do marido para terem conta bancária? Ou passaporte?

Extraído de Esquerda Republicana

E agora os portugueses têm saudades [de Salazar]! #1

De quê?
De não haver estradas e uma viagem ao Porto demorar seis horas?

Extraído de Esquerda Republicana

Uma questão de fezes

Cristo que comia e bebia….isso está nas escrituras..
Mas Cristo defecaria?
Por causa da defecação de Cristo, foi convocado [na Idade Média] um Concilio.
E chegaram à conclusão que não defecaria.

Prof. Amaral Dias em Alma Nostra

quarta-feira, março 07, 2007

Brilhos intensos

Gael Garcia Bernal em Babel

Pois. A ausência de convicções

Não há palavras que substituam as más ideias ou a ausência de convicções.
A direita portuguesa vai continuar ainda por muito tempo à espera do seu Cameron.
E ele vai emergir do PSD, depois de se libertar da sombra pesada do "cavaquismo" (o que não é o mesmo que Cavaco), como os tories se libertaram do thatcherismo e quando houver uma mudança de geração.
Teresa de Sousa in Público

Um faz de conta

Paulo Portas saiu e Paulo Portas voltou.
Saiu com um conjunto de ideias que testou junto do eleitorado e não pegaram.
Parece que vai regressar com outras, convencido de que pode tirar partido da fraqueza da liderança social-democrata e das suas dificuldades actuais. Saiu pela direita, quer regressar pelo centro-direita.
Saiu nacionalista (ainda que suavizado pelas exigências da coligação), parece que está preparado para regressar convertido à Europa.
Vem aparentemente disposto a elogiar algumas das reformas de Sócrates e a despir as vestes do conservadorismo mais arreigado para encarnar uma direita aberta à modernidade.

Teresa de Sousa in Público

Não será também assim com as pessoas?

Há um provérbio africano que diz que um rio faz desvios inesperados porque ninguém lhe mostrou o caminho.

Fernando Alves em Sinais in TSF

O mais importante são as pessoas

Os média são brutais no que ao tempo diz respeito: quem hoje serve, amanhã é esquecido. É um princípio a que temos de nos habituar.
Mas ele é tão válido para o pior dos momentos como para o melhor.
Só isso explica que, ao virar os 50 anos, a RTP se apresente com o dinamismo e a frescura que ninguém há uns anos poderia adivinhar-lhe.
E tudo se resume a uma palavra: pessoas.
Quem quiser fazer bem comunicação, não vai poder dispensar os melhores ou reduzir tudo a números.
Pedro Rolo Duarte in DN

terça-feira, março 06, 2007

Whisper


Kate Winslet em Little Children

Isso não parece nada óbvio

A Cristologia não tem nada a ver com Cristo… a Cristologia não tem nada a ver com Cristo…

Prof. Amaral Dias em Alma Nostra in Antena 1.

Só neste país

Em portugal, torturar uma bébé não é motivo suficiente para inibir o poder paternal.

A propósito da sentença da bébé de Viseu.
Eduardo Sá em Dias do Avesso

Olhos nos olhos

Kate Winslet em Little Children

segunda-feira, março 05, 2007

Alteração cutânea, caracterizada por uma erupção semelhante à produzida pela picada da urtiga e que é acompanhada de prurido ou ardor intenso.

A mim, o Salazar provoca me urticária.

Carlos Magno em Contraditório in Antena 1

Democracia de fantasmas

Os portugueses são dos mais nacionalistas do mundo. À conta da nostalgia. Mas não são patriotas. Não criticam o passado, não gostam do presente nem disputam o futuro.
Basta comparar o à-vontade com que se lança este museu com as contrariedades para colocar uma simples placa--testemunho dos presos e torturados na ex-sede da PIDE para perceber que a nossa democracia ainda tem muito a fazer.
Antes que se torne num fantasma.
Extraído da crónica de Joana Amaral Dias in DN

A História e a memória

A História e a memória não são, certamente, menos importantes.
Santa Comba não quererá a farda do pide que assassinou Humberto Delgado?

Extraído da crónica de Joana Amaral Dias

A casa assombrada

O Museu Salazar (rebaptizado Centro de Estudos sobre o Estado Novo), que a Câmara Municipal de Santa Comba Dão pretende desenvolver, no recatado berço do ditador, é uma casa assombrada. Com um planeamento burlesco. A eira será restaurante e casa de chá.
É para o convívio, portanto. Escapa a parte que, supostamente, será dedicada aos estudos. Mas que é inaceitável nesta localização.
A exposição consiste no estojo da barba, na mala de viagem, condecorações e um punhado de manuscritos.
(...) Enfim... cangalhada sem relevância científica.

Extraído da crónica de Joana Amaral Dias

Talk to me

Martina Gedeck em The Life of The Others

domingo, março 04, 2007

Com um brilhozinho nos olhos

Martina Gedeck em The Life of The Others

José Afonso: Enquanto há força



José Afonso

Enquanto Há Força

01. Enquanto Há Força
02. Tinha Uma Sala Mal Iluminada
03. Um Homem Novo Veio Da Mata
04. Ali Está O Rio
05. Arcebispíada
06. Barracas Ocupação
07. Eu, O Povo
08. A Acupuntura Em Odemira
09. Viva O Poder Popular


Ainda sob a influência dos tempos áureos de 75, mas já com as marcas do retrocesso do processo político provocado pelo 25 de Novembro, este álbum mistura a esperança com o humor, a denúncia com o fervor revolucionário e transforma todos estes ingredientes» numa obra plena, daquelas que só a genialidade pode conceber. «Enquanto há força/ no braço que vinga / que venham ventos / virar-nos as quilhas»: a irreverência e o desafio, uma vez mais, a par de um certo desencanto (patente, por exemplo, em A Acupunctura em Odemira, um tema anterior a 74 que Zeca recupera para este disco) e de uma ironia subtil, expressa nos versos quase ingénuos da segunda versão de Viva o Poder Popular.Pela primeira vez, José Afonso reparte com ou­tro compositor a autoria de duas canções: Eu, o Povo, sobre texto do poeta moçambicano Barnabé João (Mutiatimi Barnabé João, aliás João Pedra Grabato Dias, aliás António Quadros (Pintor). Pseudónimos de António Augusto de Meio Lucena e Quadros (1933-1994). pintor. escultor e poeta. que tem vários textos musicados por Zeca e, mais recentemente, por Amélia Muge), e A Acupunctura em Odemira, ambas musicadas de parceria com Fausto, que com Zeca assume também a direcção musical do disco. Entre a lista dos colabo­radores escolhidos para a sua concretização, podem ver-se os nomes de Michel Delaporte (que assina, aqui, a sua última participação em gravações de José Afonso), Pintinhas, Guilherme Inês, José Luís Iglésias, Carlos Zíngaro, Pedro Caldeira Cabral, Rão Kyao, Luís Duarte, Paulo Godinho, Yório Gonçalves, Adriano Correia de Oliveira, Sérgio Godinho, Alfredo Vieira de Sousa e do próprio filho de Zeca, Pedro Afonso, entre outros. Viriato Teles

Extraído de Associação José Afonso

É urgente

É urgente, como diz a canção de Mautner/Caetano, voltar a pôr "poesia na democracia".
E é urgente uma nova, descomplexada, utopia: reinventar o presente a partir de um futuro melhor.
Extraído da crónica de Jacinto Lucas Pires in DN.

Change #2

Dan: What is History all about?

Student: Change.

Dan: Exactly. Change.

Extraído do filme Half Nelson

Change #1


Rachel: Some people change...some people change

Dan: I don´t.




Extraído do filme Half Nelson

sábado, março 03, 2007

As aparências


Isabel: Are you a comunist?

Dunne: What?

Isabel: You have some comunists books.."Che in Africa"...

Dunne: If I had "The Mein kampf", it would make me a nazi?


Extraído do filme Half Nelson

I´d like very much to see you


Rachel: I'm happy to see you.
Dan: It's good to see you, too. You look good.
Rachel: Come on, I got fat.
Dan: Oh, I know, but it looks great. You look healthy.
Rachel: Do you wanna go get some--
Dan: I can't. I got to--
Rachel: Just like a quick coffee. I just want to...
Dan: Get some coffee?
Rachel: Yeah.
Dan: I can't tonight. Do you wanna do it another night? Rachel: OK.
Extraído do filme Half Nelson




sexta-feira, março 02, 2007

Quase sempre?

Nós não somos sempre contra tudo.

Jerónimo de Sousa em Palavra D´Honra in tsf.pt

Também faço parte desse clube

Todos os dias, descubro áreas em que sou um ignorante total.

Júlio Machado Vaz em O Amor é

Oportunista #2

Se um oportunista é quem aproveita cada oportunidade, Portas é, claro, um oportunista. Mas se um oportunista é aquele que a aproveita sempre e apenas para seu beneficio, Portas é um modelo a seguir por todos os candidatos a oportunistas. Dificilmente encontrarão alguém que tenha excedido tantas vezes todos os seus próprios limites.

Oportunista #1

Paulo Portas encenou o seu regresso, como encenou o pseudo--afastamento durante estes anos, como encenou a crise do partido. Olhando para a história do CDS nestes anos, restam poucas dúvidas: Portas foi o verdadeiro factor de instabilidade. O pai da crise, do conflito e da intriga.
Leonete Botelho in Publico

quinta-feira, março 01, 2007

Conversa da treta

«Só se alcança no momento supremo que é o momento da derrota. Quando formos derrotados e passarmos à condição de oposição, então seremos felizes para toda a vida», explicou.

José Sócrates em colóquio sobre a «transformação da política na era da globalização.
in tsf.pt

Isso é suposto ser uma consolação?

José Sócrates afirmou ainda que, apesar de o desemprego ter subido, ele está a subir menos do que durante o último Governo do PSD.

Debate mensal na A.R.
in publico.pt

Enquanto há força

É possível ser ser feliz para sempre?

in Dias do Avesso