sexta-feira, dezembro 30, 2005
2005.. um olhar ...
Alemanha
Acho alguma graça quando alguma imprensa (DN por exemplo) elegeu Angela Merckl como a personalidade internacional do ano.
Face aos resultados das últimas legislativas, a personagem do ano alemã é sem dúvida... Gerard Shroeder. Candidato a um terceiro mandato, com todo o desgaste governativo de oito anos no poder, com um desemprego crescente, Schroeder perdeu a reeleição na recta da meta, por milésimos.
Acresce a isso, o facto das sondagens darem a Merckl uma vitória esmagadora.
Ao contrário do que faziam querer, a grande maioria da Alemanha estava dividida. Uns queriam uma mudança radical, outros queriam mudança mas na continuidade.
Resta agora saber como a grande coligação governamental irá conciliar programas de governos quase antagónicos.
Dado que os dois maiores partidos alemães CDU e SPD integram esta coligação, resta saber em quem votarão os alemães quando se cansarem desta coligação. Nos verdes? Nos antigos comunistas aliados a Lafontaine?
Para a minha memória, Schoerder fica como primeiro chanceler a assumir de forma clara que em 1945 os Aliados libertaram não apenas a os países ocupados pelos Nazis, mas a própria Allemanha dum regime tirano. O seu antecessor, Helmuth Koll, em virtude de ter tido um irmão vítima do conflito, nunca conseguiu dissociar se desse facto. Shroeder foi o primeiro Chanceler a estar presente nas comemorações do armistício. Shroeder foi o primeiro Chanceler a condecorar a título pôstomo os estrategas da tentativa de assassinato de Hitler em 44.
Sessenta anos após o fim da Segunda Grande Guerra, a Alemanha reconciliou com o seu passado. Schroeder apenas simbolizou isso. E não foi tão pouco quanto isso...
Acho alguma graça quando alguma imprensa (DN por exemplo) elegeu Angela Merckl como a personalidade internacional do ano.
Face aos resultados das últimas legislativas, a personagem do ano alemã é sem dúvida... Gerard Shroeder. Candidato a um terceiro mandato, com todo o desgaste governativo de oito anos no poder, com um desemprego crescente, Schroeder perdeu a reeleição na recta da meta, por milésimos.
Acresce a isso, o facto das sondagens darem a Merckl uma vitória esmagadora.
Ao contrário do que faziam querer, a grande maioria da Alemanha estava dividida. Uns queriam uma mudança radical, outros queriam mudança mas na continuidade.
Resta agora saber como a grande coligação governamental irá conciliar programas de governos quase antagónicos.
Dado que os dois maiores partidos alemães CDU e SPD integram esta coligação, resta saber em quem votarão os alemães quando se cansarem desta coligação. Nos verdes? Nos antigos comunistas aliados a Lafontaine?
Para a minha memória, Schoerder fica como primeiro chanceler a assumir de forma clara que em 1945 os Aliados libertaram não apenas a os países ocupados pelos Nazis, mas a própria Allemanha dum regime tirano. O seu antecessor, Helmuth Koll, em virtude de ter tido um irmão vítima do conflito, nunca conseguiu dissociar se desse facto. Shroeder foi o primeiro Chanceler a estar presente nas comemorações do armistício. Shroeder foi o primeiro Chanceler a condecorar a título pôstomo os estrategas da tentativa de assassinato de Hitler em 44.
Sessenta anos após o fim da Segunda Grande Guerra, a Alemanha reconciliou com o seu passado. Schroeder apenas simbolizou isso. E não foi tão pouco quanto isso...
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