quarta-feira, fevereiro 28, 2007

Prepotência

Ma solitude

A solidão é perdermos o outro dentro de nós.
É para de conseguirmos falar com o mais fundo de nós.

in O Amor é de Júlio Machado Vaz
Título da cançaõ de George Moustaki

terça-feira, fevereiro 27, 2007

E antes do Adeus

Lágrima

Stand-up comedy

Fátima Felgueiras: "Não há nenhum autarca tão preocupado com a lei como eu".

in publico.pt

Se eu fosse o Oscar...#11


Prémio Não há paciência: Little Miss Sunshine

Se eu fosse o Oscar...#10


Melhor filme se não houvesse um filme tão bom como Babel: Letters From Iwo Jima

Se eu fosse o Oscar...#9




Melhor fotografia: Letters From Iwo Jima e Babel

Se eu fosse o Oscar...#8


Melhor Actriz Secundária: Adriana Barranza (Babel)

Se eu fosse o Oscar...#7


Melhor Documentário: Die Große Stille

Se eu fosse o Oscar...#6


Melhor Música: Gustavo Santaolalla (Babel)

Se eu fosse o Oscar...#5


Melhor Filme Estrangeiro: The Lives of Others

Se eu fosse o Oscar...#4


Melhor Actor: Matt Damon (The Good Shepherd)

domingo, fevereiro 25, 2007

O bom pastor


Richard Hayes: You know what I tell people when they ask why I don't use the word "the" when I talk about CIA? Do you put a "the" in front of God?
Extraído do filme "The Good Sheperd"

sábado, fevereiro 24, 2007

José Afonso: Eu vou ser como a toupeira

José Afonso
Eu vou ser como a toupeira

1 - A Morte Saiu à Rua
2 - Fui à Beira do Mar
3 - Sete Fadas me Fadaram
4 - Ó Minha Amora Madura

5 - O Avô Cavernoso
6 - Ó Ti Alves
7 - No Comboio Descendente
8 - Eu Vou Ser Como a Toupeira
9 - É para Urga
10 - Por Trás Daquela Janela




Continuação lógica de Cantigas do Maio, este disco surge numa fase de grande empenhamento político de Zeca - que pouco tempo depois o levará novamente à prisão de Caxias. Apresentado como um trabalho de grupo, com colaborações de Benedicto García, Carlos Alberto Moniz, Carlos Medrano, Carlos Villa, Ernesto Duarte, José Dominguez, José Jorge Letria, José Niza, Maite, Maria do Amparo, Pedro Vicedo, Pepe Ébano e Teresa Silva Carvalho. Pratica­mente impedido de cantar em Portugal, Zeca apresenta-se ao vivo em Espanha e em França e tenta dar conta, em disco, do que por cá se passa.
Prenúncios da mudança que se avizinhava são temas como Ó ti Alves ou A caminho de Urga. Mas, enquanto o dia novo não chega, Zeca continua a cantar a cólera e o desespero colectivos, através de momentos musicais inesquecíveis como A morte saiu à rua (dedicado a José Dias Coelho, assassinado pela Pide em 1961) e Por trás daquela janela (escrito para Alfredo Matos, antifascista do Barreiro que se encontrava preso), ao mesmo tempo que ironiza com a cadavérica memória salazarista (O avô cavernoso), faz novos apelos à luta (Fui à beira do mar, Eu vou ser como a toupeira) e se diverte com o aparente non sense de Fernando Pessoa (No comboio descendente), afinal a imagem perfeita de um certo laissez faire tão tipicamente lusitano.Viriato Teles
Extraído de Associação José Afonso

sexta-feira, fevereiro 23, 2007

Utopia dos impossíveis

Na quinta-feira, a Assembleia da República aprovou por unanimidade um voto em que considera que o Parlamento não seria a «casa da democracia» sem o contributo do seu som.

No voto, os deputados declararam que «faz-nos falta ainda o cidadão que buscava o dia-a-dia a utopia dos impossíveis», evocando o autor como alguém que deu «um som e um ritmo ao Portugal de Abril».

Os partidos representados no parlamento consideraram ainda que Zeca Afonso abriu «caminho a um novo percurso» na música contemporânea portuguesa, lembrando que se «dava bem com os simples e marginais, mas era avesso a regras e dogmas».

«Limitou-se a escrever, a fazer música, a cantar e a estar onde os outros evitaram estar. Com isso, incomodou e desarrumou a ordem e o sistema. Por isso, o prenderam e impediram de exercer a sua profissão de professor», acrescenta o voto.

in tsf.pt

Comboio descendente

Agora, uma música um pouco dançável para um poeta muito pouco dançante, Fernando Pessoa.

Comentário de José Afonso no concerto do coliseu de Lisboa.

Estigma político muito forte

"Ele era uma pessoa politicamente empenhada mas, além disso, há a obra poética que é excelente e há o legado musical que é incontornável.
Parece-me que o estigma político é muito forte, como se houvesse uma incompatibilidade entre o empenhamento político e a qualidade musical."
Talvez seja preciso passar mais tempo, conclui. "A próxima geração estará distante politicamente e poderá, por isso, ter um olhar menos preconceituoso sobre a obra."

Janita Salomé falando de José Afonso in DN

Um mestre entre os mestres

O Zeca está ao nível dos maiores..dum Bob Dylan... dum Leo Ferré... dum John Lennon... dum Jacques Brel...
José Mario Branco falando de José Afonso
in TSF

À espera do seu momento

(...) os músicos importantes são aqueles que resistem ao seu tempo. E se há uma coisa boa na modernidade é que tudo fica registado, preservado.
À espera do seu momento. Bach só foi descoberto muito mais tarde, não foi?
Manuel Rocha, da Brigada Vítor Jara falando de José Afonso
in DN

20 anos depois

"Ele é talvez um dos melhores músicos portugueses de todos os tempos. Está muito para além da música de intervenção, era um compositor acima da média e um cantor extraordinário.
Eu era miúdo quando foi o 25 de Abril e para a minha geração o José Afonso é incontornável, estava sempre na rádio."
Camané falando de José Afonso
in DN

Terra da fraternidade


A senha para um acordar diferente.

Grândola Vila Morena de José Afonso.
Homenagem a José Afonso... 20 anos depois.

Amigo maior que o pensamento

José Afonso, 20 anos depois.

quinta-feira, fevereiro 22, 2007

Deixa te ficar...

Deixa te ficar na minha casa
Há janelas que tu não abriste
(...)
Ainda tens que me dizer por que nunca partiste

Extraído de canção de Filarmónica do Gil

Escasso consumo

Confesso que a minha maior droga é o sono.

Ana Mesquita em O Amor é

terça-feira, fevereiro 20, 2007

His name is Sócrates. José Sócrates.


Determinado Vaidoso Teimoso Frontal Dissimulado Competente Preparado Sério Tenso Cuidadoso Rude Irascível Organizado Astuto Autoritário Profissional Reformista Comunicador Exigente Disciplinado Responsável Telegénico Sintético Intransigente.


in publico.pt
"Son: always do the right thing. That is the correct way"
Extraído do filme Cartas de Iwo Jima de Clint Eastwood
Clint Eastwood eleva a fasquia para um nível muito alto, relegando boa parte dos filmes feitos até agora para a categoria "banal".
A propósito do filme Cartas de Iwo Jima de Clint Eastwood
in TSF
Encontramo-nos do outro lado.
Extraído do filme Cartas de Iwo Jima de Clint Eastwood
Ainda somos muito novos para compreender as razões desta guerra.
Extraído do filme Cartas de Iwo Jima de Clint Eastwood

segunda-feira, fevereiro 19, 2007

Mau perder e/ou fundamentalismo e/ou piadas de mau gosto?

Muitos dos que votaram "sim" no referendo viverão o suficiente para virem a lamentar a sua escolha.
Quando os números do aborto dispararem, quando se sofrerem as consequências psicológicas, familiares, médicas, sociológicas, económicas do aborto livre, nessa altura perceberão a futilidade dos argumentos que os convenceram no dia 11.
O facilitismo e superficialidade com que pretenderam "arrumar a questão" virá a cair sobre os próprios.
Certamente haverá menos crianças abandonadas, menos deficientes, menos criminosos. Só mais cadáveres pequeninos.
Extraído da crónica de João César das Neves
in DN

...et je me suis laissé séduire #2

Feliz daquele que deseja viver sozinho no silêncio.

Entrevista aos monges brancos da Cartuxa de Évora.
in TSF

Tu m'a séduit, Seigneur... #2

Falamos a Deus dos Homens…e não falamos aos Homens de Deus.

Entrevista aos monges brancos da Cartuxa de Évora.
in TSF

Ma solitude

A palavra solidão é a essência da nossa vocação.

Entrevista aos monges brancos da Cartuxa de Évora.
in TSF
Título da canção de George Moustaki

Sem legenda

Maurice Zundel demandait :
"A quoi sert que les hommes puissent communiquer d'un pôle à l'autre en l'espace d'un éclair, s'ils n'ont plus rien d'essentiel à se dire, s'ils sont également vides de l'unique nécessaire ? "
C.L.

domingo, fevereiro 18, 2007

Sometimes I miss you so much I can hardly stand it

Não te esqueças de mim.


Extraído de Sabor a Sal
Título extraído do filme Broke Bak Mountain

A guerra é a guerra

Aqui estamos nós, soldados dum exército revolucionário, defendendo a democracia contra o fascismo, combatendo numa guerra que deve ter algum significado, e o pormenor das nossas vidas apresenta-se tão sordido e degradante como se estivéssemos na cadeia, abandonados num exército burguês
Muitas outras coisas reforçaram mais tarde esta impressão nomeadamente o tédio e a fome animal que nos acometiam, naquela vida que levávamos nas trincheiras, as miseráveis intrigas que se tecem a respeito duns restos de comida, as desprezíveis e quezilentas disputas em que se viciam as pessoas exaustas pelo sono.
Recordando a Guerra Espanhola
George Orwell
1997 Edições Antígonas pág. 14

Falando de um mestre

"Aquilo não tinha nada a ver com guitarra portuguesa.
Ninguém tocava daquela maneira. E o Carlos Paredes tocou admiravelmente, mas sempre envergonhado, dizendo que aquilo não estava a correr bem!"

HugoRibeiro, engenheiro de som responsável pela gravação dos discos de Carlos Paredes.

sábado, fevereiro 17, 2007

...et je me suis laissé séduire

"Il y eut un ouragan, si fort et si violent qu’il fendait les montagnes et brisait les rochers, mais le Seigneur n’était pas dans l’ouragan ;
et après l’ouragan, il y eut un tremblement de terre, mais le Seigneur n’était pas dans le tremblement de terre ;
et après ce tremblement de terre, un feu, mais le Seigneur n’était pas dans ce feu."
Livre des Rois, 19

Extraído do filme "Die Große Stille" (O grande silêncio)

Tu m'a séduit, Seigneur...

"Tu m'a séduit, Seigneur et je me suis laissé séduire"
Jr 20,7.
Extraído do filme "Die Große Stille" (O grande silêncio)

sexta-feira, fevereiro 16, 2007

Que me protege, de noite e de dia

Tem algum anjo da guarda, Amélia Muge?

Nunca se me apresentou, mas suspeito que sim.


Amélia Muge em Pessoal e Transmissível
Título extraído da canção Anjo da Guarda de António Variações

Longa se torna a espera

Da janela de uma pensão debruçada para a Praça da Figueira observo a prostituta envelhecida; ali está, sentada, a aguardar cliente, pelo menos há uma hora.
Quieta.
Sem um entretém, ali a apanhar seca.
O que mais lhe custará a passar, pergunto.
Se a monotonia das horas pacientes, se o momento da entrega às torpes cópulas e aos fellatios expresso.

To Be

O grande desafio de uma relação amorosa é quando alguém nos diz “chega te a mim e deixa-te...ser".

Júlio Machado Vaz em O Amor é

quinta-feira, fevereiro 15, 2007

Há sempre uma primeira vez

Salazar vence a sua primeira eleição como o Pior Português de Sempre.

in publico.pt

A tradição já não é o que era (felizmente)

Ciganos rompem tradição e lutam pelo poder paternal da filha em tribunal:
Pai tenta há cinco anos ter a criança junto de si.
Pela tradição, mulher com novo companheiro não pode ficar com os filhos. "Ela nem podia ir a tribunal reclamar a miúda!"
in publico

Os namorados, as taxas moderados e o rendimento mínimo garantido

O Dia dos namorados é uma espécie de taxa moderadora de todos aqueles que vivem as relações amorosas num clima de rendimento mínimo garantido.

Eduardo Sá em Dias do Avesso

Respeitinho é muito bonito

Bonito na democracia é o respeito pelo julgamento da maioria. e ainda mais bonito é o respeito pela opinião das minorias.
Ora, no que toca ao resultado deste referendo, uma das conclusões mais agradáveis é que garante todo o respeito pela maioria e todo o respeito pela minoria.
Todos os que defenderam o "sim" à despenalização do aborto nas condições propostas podem, agora, ter direito a essa opção, se a sua consciência assim o ditar.
Do mesmo modo, todos os que defenderam o "não", porque discordam dessa medida, podem continuar calmamente a dizer (e a fazer) "não", pois ninguém os vai obrigar a optar pelo aborto seja em que circunstância for.
Extraído da crónica de Joaquim Fidalgo in publico.pt

Muito mau perder

Não gostei, isso não, do mau perder de alguns militantes do "não" e do azedume que destilaram em discursos televisivos ressentidos: que a abstenção é que era, que a "maioria silenciosa" é que importava, que vinha aí a barbárie, que o estado agora não sei quê, que os hospitais públicos não sei quantos, e os médicos, claro, os médicos, etc. muito mau perder, coisa feia em democracia.

Extraído da crónica de Joaquim Fidalgo in publico.pt

quarta-feira, fevereiro 14, 2007

Conclusões #3

Uma vaga de civismo e de razoável tolerância dominou a campanha, se a compararmos com as batalhas apocalípticas travadas em 1998 entre cruzados e sarracenos.

Não se verificaram grandes cenas de peixeirada (bom, a D. Laurinda Alves não conta (...) )


Extraído de A Terceira Noite

Kings of Convenience













Kings of Convenience
Riot on an Empty Street

1.Homesick
2.Misread
3.Cayman
4.Islands
5.Stay Out Of Trouble
6.Know-How
7.Sorry Or Please
8.Love Is No Big Truth
9.I'd Rather Dance With You
10.Live LongSurprise Ice
11.Gold In The Air Of
12.SummerThe Build-Up

terça-feira, fevereiro 13, 2007

A frontalidade e a cobardia

«No dia anterior ao referendo um amigo relembrava-me a frase que compara as mentalidades espanhola e portuguesa: "Eles matam o touro na arena, nós nos bastidores".

in kontratempos

Ma solitude

"Solidão nao é falta de gente para conversar, namorar, passear ou fazer sexo... isto é carência".


Letra de Chico Buarque
Título de George Moustaki
Extraído de O Amor é de Júlio MAchado Vaz e Ana Mesquita

O grande ilusionista da nação

(...) o professor marcelo, essa espécie de holograma que ora nos narra tudo o que fez nos últimos sete dias - e esse tudo implica pelo menos um concerto na baviera e uma palestra em terras de basto, uma aula sobre direito em luanda, três pareceres, duas apresentações de livros e um jogo de futebol - ora nos enreda nas voltas e contravoltas do seu raciocínio tão narcísico quanto hiperactivo. nas palavras do professor marcelo os crimes não têm pena e o "não" passa a "sim". mas nada disto importa porque o professor marcelo usa as palavras como outros deitam cartas. mais do que o explicador de portugal ao povo e às crianças, ele é o grande ilusionista da nação.
Extraído da crónica de Helena Matos in publico.pt

segunda-feira, fevereiro 12, 2007

Across Universe

Nothing's gonna change my world.

Extraído da canção Across Universe dos Beatles

Conclusões #2

Em conclusão:

(...)
6) Felizmente acabou a campanha.
(...)

in A Origem das Espécies

Conclusões #1

Em conclusão:

(...)
2) Esse «sim» deve fazer lei.
(...)

in A Origem das Espécies

Todo o mundo é composto de mudança

A vitória absolutamente inequívoca do sim e o aumento da participação eleitoral demonstraram que algo mudou.
Que este país está diferente.

in Kontratempos

Só neste país...

Abstenção: 56,39%

Título de canção de Sérgio Godinho

domingo, fevereiro 11, 2007

Appassionata


"You know what Lenin said about Beethoven “Appassionata”?
If I kept linten to it, I won´t finish the revolution
Can anyone who has heard this music, I mean truly heard it, really be a bad person? "


Extraído do filme "The Life of Others"

To know everything


1984, East Berlin, Glasnost is nowhere in sight.
The population is kept under a strict control by the Stasi, the East German Secret Police.
The Stasi´s declared the goal : To know everything.


Extraído do filme "The Life of Others"

Para sempre...


Um grupo de arqueólogos em Itália encontrou dois esqueletos humanos abraçados, sepultados há 5000-6000 anos. A descoberta foi feita num local de escavações perto de Mantova e entusiasmou os historiadores. Os dois esqueletos devem ser de um homem e de uma mulher, embora isso ainda necessite de confirmação. O casal morreu jovem porque a maioria dos seus dentes estava intacta e pouco desgastada. Os testes a que vão ser sujeitos vão, provavelmente, acabar com este abraço de vários milénios.
Foto: Reuters.
Extraído do publico.pt

Les jeux sont faits

"Concorda com a despenalização da interrupção voluntária da gravidez, se realizada, por opção da mulher, nas primeiras 10 semanas, em estabelecimento de saúde legalmente autorizado?"

sábado, fevereiro 10, 2007

Vidas assim #2

Sexta-feira, 17h45m:

- Está quase..

- Falta é o quase...

Não te compreendo

"Não te compreendo", dizemos com frequencia
Compreender alguem é a coisa mais dificl do mundo
Compreender se a si mesmo, já não nada simples, mas nós escutamos
È a primeira condição para compreender: escutar.
Em seguida é preciso ser cuidadoso
Não te compreendo
Somo-lo connosco.
É mais difícil sê-lo com os outros.
"Não te compreendo".

Deveríamos dizê-lo apenas com uma voz muito baixinha, jamais para acusar.
Mais para reconhecer e fazer perdoar a imperfeição do nosso amor que só compreende ao retardador.

Extraído de « Une minute pour chaque jour » de Philippe Zeissig

Sunshine

Sheryl: [after Frank tried to commit suicide] I'm so glad you're still here.
Frank: Well, that makes one of us.
Extraído de Little Miss Sunshine.

sexta-feira, fevereiro 09, 2007

Porque sim...#2

O "sim" permite-nos evitar as consequências nocivas da aplicação desta lei, conservando o princípio de que o aborto é crime para além das dez semanas.
O "sim" permite-nos defender que, sem punição penal para as mulheres que abortem até às dez semanas, o Estado não pode deixar de desmotivar o recurso ao aborto através de centros de aconselhamento e de outros mecanismos de informação e defesa da vida.
Vou votar "sim" porque acredito nestes compromissos, porque é no "sim" que encontro maior capacidade para acomodar perspectivas diferentes e combater o arrastamento do problema.
Não são razões que me deixem inteiramente confortável. Mas são razões que me fazem pensar que, neste momento, neste Portugal de 2007, o "sim" é a escolha mais desejável.
Pedro Lomba in DN

Porque sim...#1

Vou votar "sim" no referendo porque tenho as minhas razões, mesmo não estando preparado para, com segurança, arremessá-las contra as razões de quem defende o "não".
Não tenho argumentos nos quais confie em absoluto. Sou por um "sim" relativista e compromissório.
Voto "sim" por um motivo legível: numa controvérsia tão difícil e irresolúvel como a do aborto, o "sim" alarga as nossas possibilidades de resposta aos problemas que o aborto coloca, o "não" fecha essas possibilidades.

Pedro Lomba in DN

A liberdade não passou por aqui

O Amor é, programa de rádio da autoria de Júlio Machado Vaz e Ana Mesquita silenciado pela direcção de informação da RDP, dado os autores defenderem no programa previsto para hoje posições a favor do "sim".

Rui Pêgo, contactado pela TSF, alega que o teor do programa apelava ao "sim", e tendo em conta o serviço publico ao qual a estação está obrigada, ele decidiu suspender o programa de hoje em nome da imparcialidade.
Júlio Machado Vaz admite que possa estar a ser alvo de censura na Antena 1, onde tem um programa de autor. O psiquiatra conta que o programa desta sexta-feira foi suspenso, porque iria falar sobre a regulamentação da lei da interrupção voluntária da gravidez no caso do "Sim" vencer o referendo.
No entanto, Júlio Machado Vaz salienta que aquele é um programa de autor e que apenas ele e Ana Mesquita [com quem Júlio Machado Vaz faz o programa "Amor é"] seriam responsabilizados.
in TSF

Romantismo #2

Prokoviev continuaria, no século XX, o romance sem fim que é a música.

António Cartaxo em Grandes Músicas

Romantismo #1

A melhor música é para ouvir sempre.
Que importa se Rachmanivov se manteve romântico?
Rachmaninov foi sempre um romântico fora de tempo
E a emoção não cessa um século depois.

António Cartaxo em Grandes Músicas

Domínio da psiquiatria

Jornalista Tsf:
Como comenta o padre que na homilia afirmou que os que votarem sim serão excomungados?

Frei Bento Domingues:
Não bate bem.


Debate de hoje promovido pela tsf.

"Olhe, eu agora vou corrompê-lo...mas não pode gravar a conversa, está bem?"

O proprietário da Bragaparques, Domingos Névoa, apresenta amanhã no DIAP, em Lisboa, uma queixa-crime contra o advogado Ricardo Sá Fernandes por "gravação ilegal", disse hoje o dono da empresa.
Segundo o empresário, a queixa prende-se com o facto de o advogado, irmão do vereador José Sá Fernandes, ter gravado, sem autorização judicial, uma conversa entre os dois, "o que é ilegal de acordo com o artigo 199 do Código Penal".

in publico.pt

Uma questão de nervo

O SIM não é uma questão política só de esquerda.
Há muita gente à direita, ou sem quadrante ideológico fixo, que pretende despenalizar o aborto durante as primeiras semanas de gravidez.
Em França foi até um governo de direita que há mais de 30 anos resolveu o caso.
Mas em Portugal a direita política é incapaz de resolver qualquer assunto que requeira um pouco de nervo.Não democratizaram, não descolonizaram,nem sequer conseguiram equilibrar as finanças em regime democrático.
José Medeiros Ferreira in Bichos Carpinteiros

Vidas assim

17h54m : "Já falta pouquinho".

quinta-feira, fevereiro 08, 2007

Ecologia Interior

A capacidade de nos despojarmos dos nossos "lixos" interiores.

in tsf

Verdade inconveniente

Para quem vive das intervenções públicas que faz - cobrando, por cada uma com a duração de 90 minutos, 175 mil dólares (cerca de 135 mil euros).

Al Gore, Vice Presidente de Al Gore, e a intervenção pública sobre o ambiente que hoje se realiza em Lisboa.
in publico.pt

quarta-feira, fevereiro 07, 2007

Hipocrisia

Marcam uma conferência de imprensa a uma semana do referendo e chegam com um ar salvador de quem vem tranquilizar todas as consciências.
Nove anos depois do último referendo; vinte e três anos depois da actual lei.
Dizem que, afinal, votar sim é outra coisa qualquer e que quem é pelo “sim” à despenalização deve votar “Não” à despenalização.
Dizem que a mulher que abortar há-de ser uma criminosa de um crime sem pena, mas também sem perdão.
Anunciam que esta era a resposta que o país esperava há 9 anos, e que esperava agora, sem saber.
Dizem que resolveram o referendo e que resolvem o problema como num truque de magia, com a cartinha que hão-de enviar à Assembleia da República para acabar com a penalização das mulheres.
Mas, afinal, condenam-nas ao aborto clandestino e a uma espécie de perdão hipócrita.
Mariana in Canhoto

Senso Incomum #2

Todas as mulheres acreditam no homem ideal.

Extraído de O Amor é, programa de Júlio machado Vaz

Senso Incomum #1

Nunca provar que um homem está errado; ele não o perdoará nunca.

Extraído de Talvez te Escreva

Avassalador

Se escutássemos da primeira obra de Mozart até à última, seriam 190 Horas de música a fio.
Quase uma semana de um caudal de música, ininterrupta.
António Cartaxo em Grandes Músicas

terça-feira, fevereiro 06, 2007

A arte, as emoções e as palavras

Arte é a expressão das emoções que não pode ser dita pelas palavras.

Françoise Schein, criadora de Arte publica, entrevistada em Pessoal e Transmissível

Babel

Babel
Banda Sonora Original

1. Tazarine - Gustavo Santaolalla
2. Tu Me Acostumbraste - Chavela Vargas
3. September... [Mix] - Earth Wind & Fire/Fatboy Slim
4. Deportation/Iguazu - Santaolalla, Gustavo Santaola
5. World Citizen ... / Ryuichi Sakamoto/David Sylvian
6. Cumbia Sobre el Rio - Celso Peña Y Su Ronda Bogota
7. Hiding It - Gustavo Santaolalla
8. Masterpiece - Rip Slyme
9. Desert Bus Ride - Gustavo Santaolalla
10. Bibo No Aozora ... - J. Morelenbaum/R. Sakamoto
11. Tribal - Gustavo Santaolalla
12. Para Que Regreses – Chapo
13. Babel - Nortec Collective
14. Amelia Desert Morning - Gustavo Santaolalla
15. Jugo a la Vida - Tuscanes De Tijuana
16. Breathing Soul - Gustavo Santaolalla
17. The Blinding Sun - Gustavo Santaolalla

segunda-feira, fevereiro 05, 2007

Palavras de um dia

You warm me up.

Resposta da princesa Diana, há 20 anos atrás, à pergunta de Mário Soares "Não tem frio?", numa noite fria em que a princesa apareceu a uma cerimónica oficial com um vestido vermelho sem costas.
Extraído de Alma Nostra com Porf. Amaral Dias e Carlos Magno.


Destacados serviços prestados ao país no exercício das funções ?

O Presidente da República, Cavaco Silva, vai condecorar hoje, no Palácio de Belém, em Lisboa, o ex-procurador-geral da república Souto Moura (...)

in publico.pt

Liberalização

Sou totalmente contra a liberalização do casamento. Acho que não devia ser feito simplesmente a pedido, com prazos tão alargados, sem motivos ponderosos e sem duas tentativas de dissuasão do casal.
Extraído de Estado Civil

Choca mesmo

Mas o que está em causa não é o pobre sindicalismo lusitano. Sinceramente, são mesmo os baixos salários. Não me venham com merdas, nem com a diferença entre a verdade e a ilusão: o que choca são os baixos salários de 75% da população.

in A Origem das Espécies a propósito da polémica dos "baixos salários" avançada pelo Ministro da Economia

A interrupção voluntária do diálogo

A Igreja Católica insiste em dar razões para ser vista como bem mais afirmativa “nesta” defesa da vida do que nos combates por outras políticas da vida como as do emprego, do ambiente, da habitação ou da segurança social. Além de que, no caso do aborto, a defesa da vida deve sempre ser formulada no plural. Estão em questão as vidas de pelo menos três pessoas e não apenas a de uma.
Por isso, quando procuramos – como recomenda um raciocínio moral coerente mas simultaneamente atento à vida concreta das pessoas – estabelecer uma hierarquia de valores e de princípios, ela nem sempre é fácil ou mesmo clara e não será, seguramente, única e universal.
Nem o argumento de que a vida do feto é a mais vulnerável e indefesa das que se jogam na possibilidade de uma interrupção voluntária da gravidez pode ser invocado de forma categórica e sem quaisquer dúvidas.
Carta aberta dos católicos Ana Berta Sousa, José Manuel Pureza, Marta Parada, Miguel Marujo, Paula Abreu in publico.pt

A interrupção voluntária da pluralidade #2

No debate sobre o referendo, receio que a Igreja - ao não dar sinais claros de respeito pelo pluralismo no seu interior - perca, uma vez mais, a ocasião de se manifestar verdadeiramente católica.
Extraído da crónica de Frei Bento Domingues in publico.pt

O sexo fraco

Em última análise, a grande suspeita em relação à pergunta do referendo está neste fragmento da frase: "por opção da mulher." E porquê? Porque se julga que as mulheres não são de confiança. No entanto, foi a elas que a natureza confiou a concepção e o desenvolvimento da vida humana, durante nove meses.Para os cristãos, esta desconfiança em relação às mulheres deveria ser insuportável. Não se lê, no Novo Testamento, que a Incarnação redentora ficou para sempre dependente da decisão de uma mulher, Maria de Nazaré (Lc l, 26-38)?
Extraído da crónica de Frei Bento Domingues in publico.pt

A interrupção voluntária da pluralidade

"A doutrina da Igreja sobre a vida, inviolável desde o seu primeiro momento, obriga em consciência todos os católicos. Estes, para serem fiéis a Igreja, não devem tomar posições públicas contrárias ao seu Magistério. O esclarecimento que os católicos são chamados a fazer sobre esta questão tem de ter em conta também os critérios de fidelidade à Igreja."
Extraído da crónica de Frei Bento Domingues citando o Cardeal Patriarca de Lisboa

A verdadeira liberdade

Como dizia Tomás de Aquino, só somos verdadeiramente livres quando evitamos o mal, porque é mal, e fazemos o bem, porque é bem, não porque está proibido ou mandado.
Todo o trabalho que a Igreja tem a fazer é, precisamente, o de ajudar as pessoas a caminharem para esse ponto de lucidez.
Esclarecer as consciências não é formatá-las, não é impor-lhes uma outra consciência, não é aliená-las.
Quando, nas condições e no prazo referidos, se chama "assassinas" às mulheres que recorrem ao aborto - que a Igreja e qualquer pessoa de bom senso desejam que nunca venha a acontecer -, pode estar-se a insultar, exactamente, as que sofrem os dramas que acompanham essas decisões dolorosas.

A isto se chama, verdadeira liberdade de consciência

"Acima do papa, como expressão da autoridade eclesial, existe ainda a consciência de cada um, à qual é preciso obedecer antes de tudo e, no limite, mesmo contra as pretensões das autoridades da Igreja."
Extraído da crónica de Frei Bento Domingues citando Joseph Ratzinger, hoje Bento XVI, quando era professor de Tubinga, quando escreveu um texto, pouco antes da Humanae Vitae (1968), in publico.pt

domingo, fevereiro 04, 2007

Palavras de um dia

Penso que há que continuar a viver no que se acredita e no que se sonha

sábado, fevereiro 03, 2007

Futuro...

The past is in the past. Only the future can be changed.

Extraído de "Little Children" de Todd Fileds

sexta-feira, fevereiro 02, 2007

Não será isto pura verdade?

Há dois dias, num fórum económico, Manuel Pinho apelou ao investimento chinês em Portugal, apresentando o país com custos salariais inferiores à média da União Europeia (UE) e uma menor pressão de aumento do que nos países do alargamento."Portugal é um país competitivo em termos de custos salariais.
Os custos salariais são mais baixos do que a média dos países da UE e a pressão para a sua subida é muito menor do que nos países do alargamento", sustentou o ministro, no Fórum de Cooperação Empresarial Portugal China 2007.

in publico.pt

quinta-feira, fevereiro 01, 2007

É azul-escuro

O primeiro-ministro português fez esta quinta-feira uma sessão de jogging matinal na capital chinesa debaixo de uma temperatura de quatro graus negativos e rodeado de seguranças chineses.
José Sócrates correu durante 30 minutos no parque público de Beihai, no centro da cidade de Pequim perto da Cidade Proibida, envergando um fato de treino azul-escuro.
in portugaldiario.pt