José Afonso
Enquanto Há Força
01. Enquanto Há Força
02. Tinha Uma Sala Mal Iluminada
03. Um Homem Novo Veio Da Mata
04. Ali Está O Rio
05. Arcebispíada
06. Barracas Ocupação
07. Eu, O Povo
08. A Acupuntura Em Odemira
09. Viva O Poder Popular
Ainda sob a influência dos tempos áureos de 75, mas já com as marcas do retrocesso do processo político provocado pelo 25 de Novembro, este álbum mistura a esperança com o humor, a denúncia com o fervor revolucionário e transforma todos estes ingredientes» numa obra plena, daquelas que só a genialidade pode conceber. «Enquanto há força/ no braço que vinga / que venham ventos / virar-nos as quilhas»: a irreverência e o desafio, uma vez mais, a par de um certo desencanto (patente, por exemplo, em A Acupunctura em Odemira, um tema anterior a 74 que Zeca recupera para este disco) e de uma ironia subtil, expressa nos versos quase ingénuos da segunda versão de Viva o Poder Popular.Pela primeira vez, José Afonso reparte com outro compositor a autoria de duas canções: Eu, o Povo, sobre texto do poeta moçambicano Barnabé João (Mutiatimi Barnabé João, aliás João Pedra Grabato Dias, aliás António Quadros (Pintor). Pseudónimos de António Augusto de Meio Lucena e Quadros (1933-1994). pintor. escultor e poeta. que tem vários textos musicados por Zeca e, mais recentemente, por Amélia Muge), e A Acupunctura em Odemira, ambas musicadas de parceria com Fausto, que com Zeca assume também a direcção musical do disco. Entre a lista dos colaboradores escolhidos para a sua concretização, podem ver-se os nomes de Michel Delaporte (que assina, aqui, a sua última participação em gravações de José Afonso), Pintinhas, Guilherme Inês, José Luís Iglésias, Carlos Zíngaro, Pedro Caldeira Cabral, Rão Kyao, Luís Duarte, Paulo Godinho, Yório Gonçalves, Adriano Correia de Oliveira, Sérgio Godinho, Alfredo Vieira de Sousa e do próprio filho de Zeca, Pedro Afonso, entre outros. Viriato Teles
Extraído de Associação José Afonso
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