quarta-feira, maio 27, 2009

O homem que é uma fachada

Cada dia, cada hora, cada minuto que passar até Manuel Dias Loureiro apresentar o seu pedido de demissão do Conselho de Estado degrada a qualidade da nossa democracia porque destrói a confiança dos cidadãos nas instituições da República. Dias Loureiro pode estar inocente. Mais: deve ser considerado inocente pois é esse o princípio basilar da Justiça, em que se tem de respeitar a presunção de inocência.

Contudo, em política, como na vida pública, o que parece é. E o que já foi ouvido a várias testemunhas que passaram pela Comissão de Inquérito, designadamente a pessoas como uma imagem de seriedade sólida, como António Marta, do Banco de Portugal, contradiz de forma tão clara, tão contrastante, os seus depoimentos que criou dúvidas que não se limpam com uma simples reafirmação de tudo o que disse.

José Manuel Fernandes, Editorial publico

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