Face às notícias que o envolviam num plano destinado a afastar jornalistas incómodos e garantir o controlo de órgãos de comunicação social, José Sócrates podia dar uma de duas respostas: insistir que as informações se sustentam em documentos baseados em "escutas telefónicas e conversas privadas" sem relevância criminal; ou negar peremptoriamente o teor dessas informações, desautorizando os dois intervenientes nas escutas que o envolvem no processo.
Infelizmente, o primeiro-ministro ateve-se ao domínio processual e não respondeu à substância do problema moral e político.(...) ficará sempre no ar a sensação de que o primeiro-ministro se foca no acessório para camuflar a dimensão do problema real.
Editorial Publico,7fev20
Sem comentários:
Enviar um comentário