quarta-feira, agosto 03, 2005
Não há volta como esta.
Ilustração Danziger. Courrier Internacional-Ed Portuguesa.
O fim do Tour de France em bicicleta já ocorreu há alguns dias. Mas o Tour é o Tour. E nada tinha aqui mencionado acerca disso. Sétima vitória de Lance Armstrong. Record absoluto. Merckx fez cinco. Já muito se repetiu: Armstrong é brilhante. Pouco se mencionou: as equipas onde esteve Armstrong desde 1998 eram brilhantes. Seis anos com a "US Postal" onde militaram grandes ciclistas como Hamilton e Heras, e este ano com a "Discovery Channel" onde está José Azevedo. A reverência ao "chefe" foi ao longo destas sete edições foi absoluta. Apenas uma vez, nesta edição, a equipa Discovery Channel gerou um vencedor numa etapa que não fosse o próprio Amstrong. Muito destas sete vitórias consecutivas (em que apenas na edição de 2003 teve adversário à altura) se devem ao esforço do colectivo.
Em França, o reinado do ciclista dos EUA tem sido difícil de "engolir", como acima ilustra Danziger. Terra do ciclismo por excelência, ano após ano, a imprensa francesa levanta dúvidas sobre a verdadeira capacidade do ciclista e o possível uso de substâncias dopantes. No entanto, sem provas. Desde Bernard Hinault e Laurent Fignon que a França não consegue colocar no topo do ciclismo mundial, um ciclista de nacionalidade francesa.
Coisa feia, essa coisa da inveja...
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