Na quinta-feira, a Assembleia da República aprovou por unanimidade um voto em que considera que o Parlamento não seria a «casa da democracia» sem o contributo do seu som.
No voto, os deputados declararam que «faz-nos falta ainda o cidadão que buscava o dia-a-dia a utopia dos impossíveis», evocando o autor como alguém que deu «um som e um ritmo ao Portugal de Abril».
Os partidos representados no parlamento consideraram ainda que Zeca Afonso abriu «caminho a um novo percurso» na música contemporânea portuguesa, lembrando que se «dava bem com os simples e marginais, mas era avesso a regras e dogmas».
«Limitou-se a escrever, a fazer música, a cantar e a estar onde os outros evitaram estar. Com isso, incomodou e desarrumou a ordem e o sistema. Por isso, o prenderam e impediram de exercer a sua profissão de professor», acrescenta o voto.
in tsf.pt
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