quinta-feira, maio 10, 2007

Irreparável

A lei do tabaco tem provocado indignações mais ou menos inspiradas no liberalismo. Fala-se em perseguição da liberdade dos fumadores e em violação da propriedade privada. Não há dúvida de que o texto da lei merece discussão séria. Mas, se me dão licença, eu gostaria de fazer algumas recomendações para esse debate aos contestatários.
(...) não digam que o propósito da lei é sancionar um vício (e uma liberdade) e não evitar um dano.
Querem ser liberais? Foi um liberal como Stuart Mill quem formulou o "princípio do dano", o princípio de que a intervenção do Estado sobre as pessoas contra a sua vontade só se justifica para evitar que se cause dano a outros.
O fumo passivo causa ou não um dano?
Pedro Lomba in DN

1 comentário:

Anónimo disse...

Bem visto! Apesar de ser um não fumador, a verdade é que "fui criado" no café dos meus pais, e não sei se o facto de ter sido um fumador passivo desde tenra idade não terá contribuido para alguns problemas respiratórios de que sofri.
O problema é que as pessoas, quando lhes toca pessoalmente, esquecem-se de ser racionais, ou liberais, ou seja lá o que forem - querem é a satisfação das suas necessidades, nem que isso fira os direitos dos outros.