Abriu uma porta e, quando por ela entraram os gatos fedorentos vestindo as fardas da Mocidade Portuguesa, ela já estava escancarada. As séries documentais Portugal, um Retrato Social, de António Barreto e Joana Pontes, e A Guerra, de Joaquim Furtado, exibidas em prime time(...).
Ainda na televisão, igualmente a assinalar a estreia de Conta-me como foi, provavelmente a melhor série de ficção portuguesa de sempre (...)
Ao longo de todo o ano, muitos livros se editaram sobre o passado recente português, seja sobre Salazar, o Estado Novo, a PIDE ou a Mocidade Portuguesa. (...)
O Prémio Pessoa, atribuído a Irene Pimentel, autora de um monumental estudo sobre a PIDE e de uma acessível e profusamente ilustrada edição sobre a Mocidade Feminina Portuguesa, apenas veio confirmar e cumprimentar a tendência no final do ano.
Algum dia isto teria que acontecer. A nossa ignorância e silêncio obstinados sobre fases próximas, conturbadas e difíceis da nossa história começava a tornar-se sufocante.
Extraído da crónica de Catarina Portas
in publico.pt
(*) Extraído de canção dos Mão Morta
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