quarta-feira, junho 03, 2009

Cá dentro inquietação

Ser de esquerda hoje, como sempre, significa não se acomodar perante a injustiça e a desigualdade. A precariedade é o novo nome da exploração. A pobreza não é inevitável. A imigração não é um perigo, é um direito. A nossa solidariedade tem de ser concreta e quotidiana.

Ser de esquerda hoje é não aceitar o "pecado organizado" de que falava Sophia de Mello Breyner. É não cair na tentação do conformismo, do abuso, da instalação nas pequenas ou grandes mordomias a que o poder pode dar acesso. É praticar a austeridade republicana, coisa mal vista num tempo de consumismo desenfreado.

É compreender que não há liberdade sem liberdades. A liberdade económica, tão cara à direita, não pode sobrepor-se à liberdade política e aos direitos sociais, culturais e ambientais que a "Constituição" consagra.

Helena Roseta in jornal i
30mai09

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