segunda-feira, janeiro 08, 2007
Num país onde a política nem sempre foi levada a séria pelos titulares da pasta da saúde...
Queremos auscultar um coração, mas o ruído de fundo parece o de uma discoteca! Necessitamos de medir a tensão arterial e temos de ir, em verdadeira gincana entre cadeiras e macas, buscar um aparelho que, muitas vezes, não existem em número suficiente! Palpamos abdómens com doentes sentados porque não há um local apropriado para os deitar! É necessária uma glicemia capilar mas, no meio da confusão, já ninguém sabe onde está a máquina! É importante administrar um medicamento ou colher sangue para análises, mas os enfermeiros estão sobreocupados! É preciso transportar um doente à ecografia, mas não há auxiliares disponíveis! Chega um doente grave e está outro a gritar por um urinol! Os telefones tocam por informações ao mesmo tempo que os doentes (os que falam) solicitam assistência! Tão depressa um doente está em risco de aspirar um vómito quanto é necessário acorrer a um doente desorientado à beira de se atirar da maca abaixo! Os frascos de soro de 100 cc esgotaram, pelo que é necessário desperdiçar mais tempo a preparar diluições com frascos de 500 cc! Etc., etc., etc...
José Manuel Silva in publico.pt
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