quinta-feira, janeiro 11, 2007
"Um regime de férias que chega aos 36 dias e meio úteis por ano"...assim de facto é difícil
O que é pena é que a generalidade dos utentes não perceba o que está em causa nesta reivindicação dos trabalhadores do Metro. Protestam porque estão contra a revisão do acordo de empresa actualmente em vigor e querem prolongá-lo até 2011. E o que querem os trabalhadores da empresa manter?
Um regime de férias que chega aos 36 dias e meio úteis por ano (recusam reduzir para 28 dias e meio, contra os 22 que a generalidade dos trabalhadores têm); períodos de trabalho diários de seis horas, divididos em dois períodos de três horas em que um deles é passado sem conduzir; prémios de produtividade automáticos (isto é, desligados da produtividade...) de 12 cêntimos por quilómetro percorrido e pago mesmo em relação ao 13º e 14º meses; e outras regalias e subsídios que transformam a gestão de qualquer empresa numa aventura que só pode acabar mal. Mas o Metro é uma empresa do Estado e, por isso, não vai à falência. O prejuízo anual de 160 milhões de euros é pago, claro está, pelos contribuintes. Muitos destes têm sido deixado apeados várias manhãs por um pequeno grupo de trabalhadores que acha que eles têm a obrigação de pagar todos os seus 36 dias úteis de férias por ano. Trinta e seis dias e meio, para ser mais rigoroso. Se isto não é um ultraje, então o que será?
Extraído da crónica de Paulo Ferreira in publico.pt
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