quinta-feira, outubro 20, 2005
Ainda Ceuta e Melilla...
Desta vez concordo com a Ana Gomes... a resolução dos problemas dos que pretendem entrar na Europa não é certamente fechar-lhes o acesso, sem alternativas. É preciso encontrar alternativas de vidas condignas para estas milhares de pessoas, alternativas essas que passarão em parte pela entrada na Europa; mas fundamentalmente por fazer de África um continente em que se possa viver de forma livre, politica e económicamente falando.
Ana Gomes, no Aba da Causa:
"(...)A solução não é negar o direito de asilo, mas sim partilhar a responsabilidade por atender os pedidos dos refugiados e repartir equitativamente o apoio a prestar-lhes através da Europa e noutros países que os acolham, promovendo soluções duráveis ou o repatriamento voluntário. A solução não é escorraçar pobres que procuram melhorar a vida - o mesmo que procuraram, legal e ilegalmente, portugueses durante séculos (e ainda procuram, não esqueçamos). Imigrantes que, venham de África ou de Leste, injectam na Europa envelhecida o fermento rejuvenescedor que permite sustentar sistemas de segurança social, como acontece em Portugal. Com emigrantes espalhados pelo Mundo e tantos asilados políticos durante décadas, Portugal não pode alinhar com políticas europeias defensivas, de vistas curtas e contrárias ao direito internacional.(...)
(...)Se não pode escancarar portas, a Europa tem de começar por atacar as redes clandestinas. E precisa sobretudo de ir às causas que impelem tantos desesperados a fugir da doença, da pobreza, da corrupção, da repressão, dos conflitos, das guerras que arrasam África. Ceuta e Melilla demonstram o fracasso da prática da Cooperação para o Desenvolvimento dos europeus, apesar da retórica.(...)"
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