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Manuel Alegre declarou-se “como sempre disponível para dar voz à cidadania e para novos combates e novas causas”. Extraído do site de candidatura de Manuel Alegre
Confesso que simpatizo com Manuel Alegre. Confesso que simpatizo com Manuel Alegre há muito tempo. Confesso que admiro a capacidade de ir contra a corrente das opiniões carreiristas dentro do partido a que pertence. Confesso que estou a ler neste momento o seu livro romance "Rafael". Confesso também que não há paciência para continuar esta farsa de candidatura para dar voz à cidadania. Manuel Alegre é deputado do Partido Socialista há trinta anos. É actualmente vice-presidente da Assembleia da República. Não abdicou de nenhum destes cargos durante a campanha presidencial. Não foi candidato oficial do Partido Socialista por duas razões: hesitou na hora de avançar; outros não hesitaram. E isso retirou um possível apoio previsível. Portanto, a candidatura de Alegre foi "independente" apenas por fruto das circunstâncias, e não fruto de uma tomada de posição de fundo contra a hegemonia dos partidos. Candidaturas independentes, e fruto de movimentos de cidadãos, foram (entre outras) as da pré candidata Manuela Magno, a professora de Évora. Por razões processuais, e não por falta das tais 7.500 assinaturas, foi excluída.
Manuel Alegre manifesta-se agora novamente disponível para dar voz aos cidadãos.
A ver vamos... mas parece-me que continuará a dar voz aos cidadãos como "independente" na bancada do Partido Socialista.
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